Os desafios da logística de TI em um país com dimensões continentais
O mercado das transportadoras vem passando por várias transformações, com algumas das principais empresas nacionais sendo vendidas para estrangeiras e outras em processos de fusão. No último ano houve também mudanças na legislação acerca da mão de obra e restrições de tráfego. Tudo contribui para a intensificação dos desafios da logística em nosso país, que já enfrenta dificuldades em decorrência de suas dimensões continentais.
Grande parte das obras de infraestrutura prometidas pelo Governo para a Copa do Mundo não foram cumpridas. O Brasil ainda tem grandes problemas com estradas, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, que refletem diretamente na rotina das revendas de tecnologia. Na tentativa de combater os congestionamentos, as maiores cidades também regulamentaram o trânsito de caminhões nas regiões centrais e principais, que só podem trafegar em horários alternativos.
A Lei nº 12.619, também conhecida como “Lei dos Caminhoneiros”, que entrou em vigor em abril de 2013, melhorou as condições de trabalho desses profissionais, que faziam perigosas jornadas de mais de 14 horas ao volante. Atualmente, sob fiscalização, passaram a ter turnos diários de oito horas, com limite de mais duas extras por dia, e intervalos periódicos para descanso. Entretanto, para o cumprimento dessas normas, aumentaram-se o preço do frete e o prazo de entrega.
Além das transportadoras, essas variáveis afetam toda a cadeia. Por isso, desde que a lei entrou em vigor, fabricantes, distribuidores e revendas vêm tentando se ajeitar e reconfigurar as operações para uma nova realidade, a fim de executarem uma entrega com excelência. Neste cenário, é fundamental escolher bem a transportadora, dando preferência a empresas de primeira linha, com vários anos de mercado, capacidade financeira, frotas novas e, sobretudo, que saibam carregar o produto de TI, que pode ser pequeno e frágil ou uma impressora de mais de 100 quilos.
A estrutura da empresa escolhida permite não só entregar a mercadoria de forma intacta, mas em um prazo assertivo. Com as condições adequadas, poderá trafegar nas grandes cidades dentro dos horários estipulados e contar com soluções alternativas, como a utilização de veículos menores para abastecer os clientes situados dentro das áreas delimitadas.
As revendas que não trabalham com estoque próprio também ganharam uma alternativa, de escolher uma distribuidora que realize a entrega diretamente ao seu cliente final. Essa logística reduz custos, elimina intermediários e agiliza os processos, concedendo à loja a responsabilidade apenas de fazer as encomendas e receber os pagamentos.
O cliente que fornece produtos para projetos corporativos de implantação de sistema transfere a responsabilidade à distribuidora para armazenamento e cumprimento de prazos de entrega, conforme cronograma estipulado.
Estas soluções são exemplos que surgiram recentemente, entre tantas outras que ainda devem ser criadas para superar os obstáculos da logística no país e aprimorar cada vez mais a qualidade e agilidade das entregas.
Fonte: http://www.logweb.com.br/novo/conteudo/artigo/36369/os-desafios-da-logistica-de-ti-em-um-pais-com-dimensoes-continentais/
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