CNT vê alta de 3,8% do diesel na bomba; aumento de 1,25% no frete.
A Confederação Nacional do Transporte (CNT) estimou que o reajuste do diesel nas refinarias resultará em um aumento de quase 4 por cento no preço do combustível na bomba e em uma alta de 1,25 por cento no custo do frete de cargas transportadas por caminhões no Brasil.
A estimativa foi feita em nota publicada no site da confederação, após a Petrobras ter anunciado na terça-feira uma alta de 5 por cento no preço do diesel, o segundo aumento do combustível neste ano.
Cerca de 60 por cento do transporte de cargas no Brasil é feito por caminhões. O diesel é o combustível mais utilizado no Brasil.
De acordo com estimativas da CNT, o valor do litro do diesel para o consumidor final deve aumentar aproximadamente 3,8 por cento. A alta da refinaria é diluída, entre outros motivos, em função de haver uma mistura de 5 por cento de biodiesel no combustível. Além disso, existem as margens dos postos, das distribuidoras, que também interferem no valor vendido na bomba.
A entidade disse ainda que, com o repasse do preço, os valores médios do diesel no país subiriam para 2,33 reais por litro (comum) e 2,40 (S-10) reais por litro, respectivamente. A avaliação tem como base o último levantamento de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Os gastos com combustíveis representam cerca de 35 por cento do custo total das empresas de transporte de carga rodoviária e 25 por cento do das empresas de transporte de passageiros rodoviários, acrescentou a entidade.
A confederação também alertou sobre a possibilidade de pressão sobre a inflação, “uma vez que o aumento no preço dos combustíveis leva a um aumento no preço do frete que, consequentemente, pode ser repassado aos produtos transportados”. Analistas, no entanto, veem pequena pressão de alta no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O reajuste do diesel, que passou a vigorar nesta quarta-feira nas refinarias, foi o segundo do ano, quando a alta foi de 5,4 por cento.
A alta anterior, de janeiro, gerou um incremento médio de 4,31 por cento por litro para o consumidor final, o que resultou em impacto de cerca de 1,5 por cento no custo do frete, segundo a CNT.
Em 2012, a Petrobras realizou dois outros ajustes nas refinarias de 6 e 3,94 por cento, respectivamente.
Para o presidente da seção de Transporte de Cargas da CNT, Flávio Benatti, esses aumentos repentinos são sempre preocupantes.
“Em pouco mais de um mês tivemos um aumento de quase 10 por cento no óleo diesel, um insumo muito importante na cadeia. Vai haver um repasse (no valor do frete), não tem jeito”, disse.
Com os reajustes, a Petrobras busca alinhamento aos valores praticados no mercado internacional e reduzir os prejuízos verificados em sua divisão de Abastecimento.
(Por Roberto Samora)
Transportes aprova limitador de velocidade para ônibus e caminhões
Proposta poderá reduzir o número de acidentes envolvendo caminhões e ônibus.
A Comissão de Viação e Transportes aprovou, na quarta-feira (21), proposta que torna obrigatório o equipamento limitador de velocidade nos veículos de transporte de passageiros com mais de dez lugares, nos de transporte escolar e nos caminhões.
A medida está prevista no Projeto de Lei 936/11, do deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG), que modifica o Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97).
Hoje, esses veículos já devem contar com um equipamento que registra a velocidade e o tempo automaticamente. O limitador de velocidade seria mais um instrumento obrigatório.
Redução de acidentes
O relator, deputado Lúcio Vale (PR-PA), recomendou a aprovação. Em sua avaliação, a proposta poderá reduzir o número de acidentes envolvendo caminhões e ônibus.
“O índice de acidentes envolvendo caminhões e ônibus, principalmente nas rodovias, é realmente muito alto. Estima-se que um terço dos desastres ocorridos no Brasil tenha a participação desses veículos, apesar de representarem apenas 5% da frota nacional”, observou.
Pela proposta, a regulamentação da medida ficará a cargo do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Íntegra da proposta:PL-936/2011 Reportagem – Oscar Telles
Edição – Newton Araújo
Contran tem novas regras para cores de caminhões e reboques
Setor terá um ano para se adaptar às medidas. Objetivo é acabar com polêmicas durante fiscalização nas estradas.
A partir de dezembro de 2012 os caminhões, caminhões tratores, reboques e semirreboques serão fiscalizados em relação à cor que consta no cadastro do Registro Nacional de Veículos Automotores e no Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV).
O Conselho Nacional de Trânsito publicou a deliberação nº 119 que define como cor predominante dos veículos aquela que constar nesses documentos e determina que, para caminhões e caminhões tratores, a cor predominante está vinculada à cabine.
Para os reboques e semirreboques, a cor predominante é aquela vinculada à estrutura fixa (chassi).
Foi necessário definir a cor de caminhões e implementos após polêmicas causadas pela fiscalização nas estradas. Muitas vezes, agentes de fiscalização questionavam os documentos dos caminhões, alegando que a cor do veículo especificada não era igual à cor predominante do caminhão, do reboque ou semirreboque.
Segundo o documento do Contran, as regras devem ser aplicadas aos veículos novos e aos já em circulação no país. E estabelece ainda que a fiscalização terá início após um ano da publicação da deliberação, feita no dia 20 de dezembro, revogando a Resolução nº 355/2010.
Confira os exemplos ilustrativos sobre a identificação da cor predominante:
Aerton Guimarães - Agência CNT de Notícias
Fonte: http://www.cnt.org.br/Paginas/Agencia_Noticia.aspx?n=7997
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