Excesso de peso em cargas superdimensionadas começa a ser fiscalizado
O transporte de cargas de projeto (cargas indivisíveis, excedentes em peso e ou dimensões) começa a enfrentar um problema já comum às demais: a fiscalização do excesso de peso. Por enquanto, apenas o Estado de São Paulo, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), fiscaliza o setor. Mas, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) está importando uma balança com o mesmo fim.
O assunto estará em debate no Seminário do Sindicato Nacional das Empresas de Transporte e Movimentação de Cargas Pesadas e Excepcionais (Sindipesa), dia 6 de junho, no Construction Congresso, em São Paulo. “Algumas concessionárias de rodovias paulistas como a Ecopistas também se preparam para fazer esse controle de peso”, afirma o engenheiro mecânico Rubem Penteado de Melo, que será um dos palestrantes.
Ele conta que não existe no País um manual ou qualquer literatura técnica para orientar a forma correta de carregamento da carga indivisível ou excepcional, de forma a evitar o excesso de peso. “No seminário, vamos debater esse assunto, trocar informações e começar a definir parâmetros. Precisamos nos antecipar e começar a preparar as empresas para essa nova realidade”, declara.
O engenheiro lembra que o excesso de peso é danoso para o pavimento, além de levar insegurança ao trânsito de veículos. “As concessionárias estão preocupadas com esta questão. Da mesma forma que o Ministério Público vem ajuizando ações para que o Estado resolva este problema. Os promotores e procuradores entendem que o excesso de peso, além de provocar acidentes, dilapida o patrimônio público”, afirma.
A Politran Tecnologia e Sistema foi a empresa que ganhou a licitação do DER-SP para trazer da Suécia para o Brasil o Sistema de Pesagem Portátil Estático de Pesagem de Caminhões Superdimensionados – homologado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Segundo o gerente comercial, Waldemir Garcia Gonzales, um único equipamento, transportado por uma van, é suficiente para cobrir todo o estado.
A balança é alugada ao DER pela Politran, que também disponibiliza a equipe que opera o equipamento. Ela está em funcionamento desde setembro de 2011 e, de acordo com Gonzales, o número de veículos levando cargas superdimensionadas com excesso de peso diminuiu bastante desde então. “No começo, todos apresentavam excesso. Ninguém se preocupava com isso. Agora, quase toda carga está regular”, esclarece.
Sem fiscalização, era comum a transportadora informar na Autorização Especial de Trânsito (AET) um peso menor do que o real. Com isso, pagava taxas menores para transportá-la. “Pelo menos por enquanto, não há multa por excesso de peso. O que ocorre é que o veículo fica parado até que a AET seja corrigida”, explica Gonzales. Supostas diferenças de taxas precisam ser recolhidas para liberar o veículo.
O gerente explica que não é em todo lugar que a balança pode ser instalada. Ela depende de um pavimento com resistência para suportar o peso. Mas, como a pesagem é agendada com antecedência e o equipamento é que vai até o caminhão, a empresa não tem encontrado dificuldades.
O seminário do Sindipesa será coordenado pelo vice-presidente executivo da entidade, João Batista Dominici, e terá palestras do DER-SP e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Confira programação:
Data: 6 de junho de 2013 (14 às 18 horas)
Local: Rodovia dos Imigrantes, km 1,5
Valor do investimento: R$ 100
Inscrições e informações: (11) 3259-6688/1719 ou clicando aqui
1. Abertura ao tema: engenheiro João Batista Dominici – Sindipesa
2. Legislação de pesos e dimensões e pesagem de cargas rodoviárias: engenheiro Rubem Melo – Transtech
3. Pesagem de cargas indivisíveis: Reinaldo Lima Ribeiro, da Politran, representando o DER-SP
4. Fiscalização do excesso de peso em rodovias federais concessionadas: Nauber Nascimento – ANTT
Fonte: http://cargapesada.com.br/revista/category/noticias-destaque-3/
ANTT amplia fiscalização do pagamento eletrônico de frete
Unidades regionais do órgão vão atuar não apenas nas estradas, como também nas empresastransportadoras ou de embarcadores.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) intensifica, a partir deste mês, a fiscalização do pagamento eletrônico de frete. A utilização do mecanismo de papel denominado carta-frete foi proibida em outubro de 2011 em todo o país.
Desde abril deste ano, a fiscalização ocorria em praças de pedágio e em barreiras fiscais. Mas a partir de agora, profissionais de sete unidades regionais da ANTT (no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Ceará, Maranhão e Bahia) e, em breve, no Distrito Federal, vão acompanhar o cumprimento das normas de forma permanente não apenas nas estradas, como também na sede das empresas transportadoras ou de embarcadores e, ainda, nas empresas que subcontratam serviços de transporte de carga.
Em entrevista à Agência CNT de Notícias, o gerente de fiscalização da ANTT, Marcelo Prado, explicou que a nova atuação é resultado de dois meses de um projeto piloto de consolidação de procedimentos e treinamento de profissionais. “Estamos atuando por meio de denúncias e levantamentos da inteligência de fiscalização da ANTT. As empresas são escolhidas e são avisadas antes de receber nossa visita, temos agora uma fiscalização permanente”, detalha.
As unidades regionais terão poder para atuar em seus próprios estados e também nos estados vizinhos onde ainda não exista representação da ANTT. A unidade que está em fase de implantação no DF, por exemplo, ficará responsável por fiscalizar o pagamento eletrônico em Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Amazonas e Rondônia.
“A vantagem dessa fiscalização nas empresas é que conseguimos verificar muito mais viagens que na pista. Na empresa temos acesso ao sistema e pedimos cópia dos documentos comprobatórios de embarque, para que possamos verificar se foi gerado, para aquela viagem, o Código Identificador da Operação de Transporte. Assim conseguimos fazer uma fiscalização mais eficaz, sendo, também, um trabalho educativo”, reforça Marcelo Prado.
Multas
De acordo com a ANTT, mais de três mil notificações de infrações foram realizadas. A maioria delas, devido à falta do código identificador da operação, necessária para comprovar o pagamento eletrônico do transporte.
Segundo a Resolução nº 3.658/11, de 19 de abril, entre outras ações, o contratante que efetuar o pagamento do frete, no todo ou em parte, de forma diversa da prevista no documento, deverá ser multado em 50% do valor total de cada frete irregularmente pago, limitada ao mínimo de R$ 550 e ao máximo de R$ 10,5 mil. O texto prevê ainda multa (também de R$ 550 a R$ 10,5 mil) para quem realizar deságio no frete ou cobrança de valor para efetivar os devidos créditos.
O transportador autônomo que permitir o uso da carta-frete também será punido. Além de multa no valor de R$ 550, ele poderá ter seu RNTRC cancelado.
Atualmente, 14 empresas estão habilitadas junto à ANTT para operar o pagamento eletrônico do frete. Confira aqui a relação das mesmas.
Fonte: http://www.cnt.org.br/Paginas/Agencia_Noticia.aspx?n=8577
ANTT aumenta fiscalização no pagamento de frete
Medida visa coibir o uso da carta-frete como forma de pagamento aos transportadores
A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) intensificará, a partir da próxima terça-feira, 15, a fiscalização, em todo o Brasil, para coibir o uso da carta-frete como forma de pagamento aos transportadores.
Na fiscalização, será verificado o cadastramento do CIOT (Código Identificador da Operação de Transporte) no documento de transporte e a utilização de formas de pagamento de frete previstas na Resolução 3658 da agência. A Resolução 3658 de 19 de abril de 2011 proíbe a carta frete e regulamenta o pagamento do frete por meio de meio eletrônico habilitado pela ANTT e institui a figura da Administradora de Pagamento Eletrônico de Frete.
Estão sujeitos à autuação o contratante, o subcontratante, o contratado (transportador) e a administradora de pagamento eletrônico de frete (PEF).
O CIOT é gratuito e pode ser gerado via inetrnet ou por meio de central telefônica disponibilizada pela administradora.
A regulamentação feita pela Resolução 3658 abrange o pagamento eletrônico do frete a empresas de transporte e carga que possuam até três veículos, transportadores autônomos de cargas e cooperativas de transporte de cargas.
Fonte: http://www.webtranspo.com.br/agencia/25182-antt-aumenta-fiscalizacao-no-pagamento-de-frete
Por que a lei seca salva 50 vidas por dia
Desde que beber e dirigir foi proibido, as mortes no trânsito brasileiro caíram pela metade. Conheça a base científica da “tolerância zero”, a experiência em outros países e o que esperar quando a fiscalização acabar.
De um dia para outro – mais especificamente, de 19 para 20 de junho de 2008 -, beber e dirigir virou crime. Tudo bem que quase ninguém sabia, mas até então só seria punido quem fosse flagrado ao volante com mais de 0,6 grama de álcool por litro de sangue, concentração alcançável com três chopes. A margem de tolerância atual, 0,2 g/l, é tão baixa que, na prática, obriga o motorista à abstinência.
Seja pelo exame de consciência ou pelo teste do bafômetro, o fato é que, com menos de um mês de vigência da lei seca, o número de mortos nas ruas e estradas do Brasil caiu 50% em média.
Comparando com as trágicas estatísticas de anos anteriores, são 50 mortes a menos por dia, 1.500 menos em um mês. Se o “milagre” durar um ano, até o meio de 2009, serão 18 mil mortes e 200 mil feridos abaixo do esperado, uma economia de R$ 12,5 bilhões em atendimento hospitalar. É improvável, mas, como foi demonstrado, não é impossível.
Curiosamente, a queda de 50% nas mortes rima com outra média histórica. “Somos campeões mundiais de acidentes de trânsito, e a metade dos que morrem está alcoolizada”, diz Vilma Leyton, professora de medicina legal da USP e por 30 anos legista do IML de São Paulo, ao longo dos quais realizou vários estudos que comprovaram a tese da embriaguez fatal. Para a professora, “a lei é excelente por causa da repercussão que está tendo. Estamos observando até queda na violência doméstica”.
Especialistas argumentam que a lei de 1997, a dos 0,6 g/l, nunca pegou porque nunca foi aplicada. Dessa vez está sendo diferente: a polícia do Rio, que tinha míseros três bafômetros em junho, no segundo fim de semana de julho iniciou a operação Pressão Total, abordando 330 pessoas em 22 pontos diferentes da capital. Em São Paulo, a ação que vem inibindo paulistanos desde 27 de junho é a Operação Segura, que já deteve 61 pessoas.
Não sem polêmica: muitos se negam a soprar no bafômetro – um advogado de São Paulo até conseguiu uma liminar que vale como “passe livre” para o aparelho. Nesse caso, a lei determina que o motorista seja levado para uma delegacia e convidado a fazer exame de sangue. Se ainda bater pé, paga multa e responde a processo. Mas o limite permanece. “Não há possibilidade de recuo”, disse o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. “A sociedade é quem vai julgar se serão precisos ajustes. Quem não pretende cumprir a lei vai mudar de opinião quando for preso. Será bastante pedagógico.”
Toda dose é dose
De longe, o aspecto mais discutido da lei seca é a “tolerância zero”. Modificou-se o artigo 276 do Código de Trânsito Brasileiro, que agora diz que “qualquer concentração de álcool por litro de sangue sujeita o condutor às penalidades previstas”. Camila Silveira, coordenadora científica do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool, defende o fator pop do novo limite. “As pessoas não sabiam muito bem qual era o limite. Zero todo mundo entende.” Outro problema dos números, segundo a psicóloga americana Cecile Marczinski, é que “temos dificuldade de estimar o que gera um índice como 0,6 g/l. Em geral, ultrapassamos esse limite facilmente, mas achamos que ainda estamos dentro dele”.
Por enquanto, vale a margem de tolerância que corresponde a distorções dos exames e evita confusões com antissépticos bucais e bombons de licor: 0,2 g/l (equivalente a 0,1 mg de álcool por litro de ar expelido no bafômetro). Isso é igual a um chope. Quase nada, mas suficiente. “Meia lata de cerveja já pode afetar a concentração, frear reflexos, provocar alterações fisiológicas”, dizem Camila e inúmeros estudos. Você que bebe e dirige ainda duvida? Foi mal, mas você é a pior pessoa para opinar sobre o assunto. “Até sóbrio a gente superestima nossa habilidade e subestima os riscos. Fica fácil imaginar como isso piora depois de tomar umas”, diz Tom Vanderbilt, autor do livro “Traffic”, saudado como o “Freakonomics do trânsito”.
Vanderbilt também chama atenção para o “efeito desinibidor do anonimato”. Na internet, ele faz com que as pessoas saiam xingando todo mundo, seguras de que não serão identificadas. No trânsito, também. E ainda alimenta maus e solitários hábitos, como beber e dirigir. “Todas as noites, bêbados sortudos chegam em casa sem saber quantos quase-acidentes provocaram. Como não há ninguém que conte para eles, a crítica essencial ao aprendizado não acontece, e o comportamento é reforçado – Eu bebi, eu dirigi, cheguei inteiro. Então vou fazer de novo.”
Vale lembrar que o álcool afeta o hipocampo, área do cérebro responsável pela formação de memórias. Ou seja, quem bebe e dirige nem tem como lembrar direito se fez um percurso tranqüilo ou se deveria agradecer ao anjo da guarda. Projeção psicológica também é um fator: nosso carro é seguro, perigoso é o dos outros. Mas pense: você embarcaria em um avião sabendo que o piloto bebeu só um pouquinho? Por fim, sempre ela, a cultura: brasileiros bebem a qualquer hora, em qualquer lugar, desde muito jovens. “Nossa sociedade está acostumada a um consumo de álcool muito alto. Tem de haver uma quebra de paradigma”, diz o consultor de trânsito Horácio Figueira.
Infelizmente, os efeitos do álcool no cérebro vão bem além das horas de ressaca. “Se você esteve bebendo em níveis alcoólatras (cinco doses ou mais praticamente todo o dia da semana por um mês), só vai recobrar suas funções cerebrais normais após meses. Talvez anos”, diz a professora Edith Sullivan, da faculdade de medicina da Universidade de Stanford, especialista nos efeitos de longo prazo da manguaça na cuca. “Outra má notícia: ainda não sabemos se os neurônios mortos pelo álcool podem se regenerar. Estudos feitos com roedores indicam que sim, mas ainda é incerto para humanos.”
No entanto, não se pode omitir as muitas pesquisas que mostram benefícios do álcool para o organismo. Exemplo: quando ingerido em volumes comedidos (1 dose para mulheres; 2 para homens), ele pode prevenir doenças cardiovasculares. Aumenta o colesterol bom, evita a arteriosclerose e também ajuda a tornar o sangue menos espesso e a diminuir as placas de gordura das artérias. Além de deixar você mais relaxado, feliz, falante e sociável. “Mas temos que tomar cuidado, as pessoas podem usar esses dados de maneira errada. O médico não deve recomendar: álcool não é remédio”, diz Camila Silveira.
Problemas Legais
Cabem outros adjetivos além de “seca” à Lei Federal 11.705. É inesperada, pois pegou de surpresa muitos brasileiros – inclusive alguns deputados federais que a aprovaram sem ler. É pesada, colocando o Brasil na elite da rigidez contra álcool ao volante. Para alguns, é injusta, porque julgam ser possível beber e depois dirigir normalmente. Além de perigosa, pois ampliaria as oportunidades de atuação de policiais corruptos. Mas gera debate no meio jurídico por ser inconstitucional.
Para Cyro Vidal, presidente da Comissão de Assuntos e Estudos sobre Direito de Trânsito, isso ocorre em dois pontos. Primeiro quando diz que, se o cidadão se recusar a submeter-se ao bafômetro ou exame de sangue, ele receberá as mesmas sanções aplicadas a quem tiver detectado algum nível de alcoolemia. “A Convenção Americana de Direitos Humanos, assinada pelo Brasil, diz que nenhuma pessoa é obrigada a produzir prova contra si mesmo. A autoridade está me coagindo a fazer o teste”, diz o advogado, que também critica as novas penas estabelecidas. “A suspensão do direito de dirigir por 12 meses não é proporcional, como estabelece a Constituição. É aplicada a mesma punição para quem tomou duas taças de vinho e para quem está completamente embriagado. Uma maneira de resolver isso seria colocar “de 6 a 12 meses”, de “8 a 12 meses”, que seja, para o juiz estabelecer a pena proporcional.”
“Podemos discutir detalhes de regulamentação da lei, mas precisamos apoiá-la”, diz a professora Vilma Leyton, da USP. É o que os brasileiros estão fazendo, ao menos da boca pra fora: na semana em que a lei passou a vigorar, pesquisas indicavam aprovação de quase 90% nas grandes capitais. Mas quantos estão convencidos de que beber e dirigir não se misturam e quantos estão com medo do bafômetro? Será que, quando a fiscalização acabar, a lei continuará sendo cumprida?
Ainda que haja uma clara tendência mundial de endurecimento contra o álcool ao volante, exemplos de outros países mostram que o código de trânsito só é cumprido quando combinam-se legislação, fiscalização e educação. Estudos do sociólogo israelense David Shinar mostram que as pessoas são mais sensíveis à possibilidade de serem presas do que ao tamanho da punição. Se há leis muito fortes contra beber e dirigir mas muito pouca coação (ou existe a possibilidade de subornar funcionários corruptos), as pessoas tendem a ignorar a lei. Em seu livro “Traffic Safety and Human Behavior” (“Segurança no Trânsito e Comportamento Humano”), Shinar inclusive cita um estudo com pessoas saindo de pubs, que sabiam ter mais chance de sofrer um acidente grave do que de serem presas – e, após responder ao questionário, voltavam dirigindo.
Limites de álcool em outros países
A Nigéria, por exemplo, tem uma lei mais rígida que a nossa: não permite nem uma gota de álcool. Apenas uma boa intenção, já que o país tem uma das piores taxas de morte no trânsito do mundo, 40 por 100 mil habitantes. A Argentina quis fazer bonito e baixou o limite para 0,5 g/l, padrão europeu. Mas, quando o policial flagra o motorista acima desse limite, o procedimento padrão é os dois ficarem dando um tempo no acostamento até que o nível baixe.
Já a legislação atual dos Estados Unidos é mais branda que a anterior do Brasil: maiores de 21 anos estão liberados com 0,8 g/l de concentração de álcool no sangue, o que dá umas quatro latinhas de Budweiser. Mas a possibilidade de ser pego existe, o que fez com que o número de motoristas alcoolizados envolvidos em acidentes caísse de 50% nos anos 1970 para 20% atualmente. O escritor Tom Vanderbilt conta que essa história começa antes do automóvel. “No século 19, beber já era proibido para condutores de locomotivas, por exemplo. Mas passaram-se algumas décadas até que fosse produzido um conjunto de trabalhos científicos que mostrassem a conexão entre consumo de álcool e o risco de acidentes. O processo em andamento é tornar cada vez menos socialmente aceitável dirigir “sob a influência”, como dizemos nos Estados Unidos. É o que está rolando aí agora, certo?”
Nos últimos cinco anos, enquanto as mortes no trânsito brasileiro cresceram 17%, diminuíram 35% na França. Na cidade de Rouen, está valendo a lei que diz que motoristas flagrados com excesso de álcool no sangue podem ter os veículos confiscados. A idéia é passar o problema adiante para outras pessoas que dependem daquele carro. A medida deve ser adotada em todo o país.
Na Noruega, primeiro país a criar um código de trânsito, em 1936, a multa é proporcional à renda. Ficou famoso o caso do empresário do ramo imobiliário Kjetil Üleberg, que, após uma noite regada a vinho, foi pego na manhã seguinte com 0,7 g/l de álcool no sangue – o limite norueguês é 0,2 g/l, como no Brasil. Resultado: um alívio equivalente a R$ 135 mil, perda da carteira por dois anos e trabalho forçado de cortar lenha durante 30 dias. “Além disso, aprendi minha lição”, disse ao jornal “Afterposten”.
Contran tem novas regras para cores de caminhões e reboques
Setor terá um ano para se adaptar às medidas. Objetivo é acabar com polêmicas durante fiscalização nas estradas.
A partir de dezembro de 2012 os caminhões, caminhões tratores, reboques e semirreboques serão fiscalizados em relação à cor que consta no cadastro do Registro Nacional de Veículos Automotores e no Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV).
O Conselho Nacional de Trânsito publicou a deliberação nº 119 que define como cor predominante dos veículos aquela que constar nesses documentos e determina que, para caminhões e caminhões tratores, a cor predominante está vinculada à cabine.
Para os reboques e semirreboques, a cor predominante é aquela vinculada à estrutura fixa (chassi).
Foi necessário definir a cor de caminhões e implementos após polêmicas causadas pela fiscalização nas estradas. Muitas vezes, agentes de fiscalização questionavam os documentos dos caminhões, alegando que a cor do veículo especificada não era igual à cor predominante do caminhão, do reboque ou semirreboque.
Segundo o documento do Contran, as regras devem ser aplicadas aos veículos novos e aos já em circulação no país. E estabelece ainda que a fiscalização terá início após um ano da publicação da deliberação, feita no dia 20 de dezembro, revogando a Resolução nº 355/2010.
Confira os exemplos ilustrativos sobre a identificação da cor predominante:
Aerton Guimarães - Agência CNT de Notícias
Fonte: http://www.cnt.org.br/Paginas/Agencia_Noticia.aspx?n=7997
Índice de mortos nas rodovias de SP cai 52% no Natal
A operação, elaborada pela Secretaria de Logística e Transportes, foi realizada entre às 0h do dia 23 às 24h do dia 25 de dezembro
O índice de vítimas fatais nas rodovias paulistas caiu 52% neste feriado de Natal em comparação ao feriado de 2010. Foi registrada uma diminuição de 2,16% para 1,04%, de uma operação para outra. A Operação Natal, elaborada pela Secretaria de Logística e Transportes, foi realizada entre às 0h do dia 23 às 24h do dia 25 de dezembro.
Além do número de mortos, os índices de acidentes e de vítimas feridas também foram menores em relação ao ano anterior. Em 2010, o índice de acidentes foi de 0,64, contra 0,59 em 2011, o que representa redução de 7,6%. Já o índice de vítimas feridas registrado neste ano foi 35,96, enquanto em 2010 foi 41,36, ou seja, caiu 13,1%.
Em números absolutos, durante o feriado foram registrados 1.080 acidentes nos 22.000 km de rodovias estaduais. O número de vítimas feridas foi de 659 e de vítimas fatais, 19.
Para esclarecer melhor, o índice de acidentes (IA) não é o número absoluto de acidentes nas estradas. Ele é calculado levando-se em consideração, além dos dados quantitativos, a extensão das rodovias, o volume diário médio de veículos (VDM) nas estradas e o período analisado. Essa metodologia, que começou a ser discutida no Brasil na década de 1970, é necessária para que haja uma comparação tecnicamente correta, já que há vários fatores que determinam se o final de semana foi mais ou menos violento.
Fiscalização
Em relação à fiscalização por parte dos policiais militares rodoviários nas estradas paulistas, houve intensificação no controle rígido de alcoolemia, de velocidade e na fiscalização de motocicletas, além de outros enfoques abrangidos durante a abordagem de veículos e motoristas. Foram lavradas 15.592 autuações por infrações de trânsito diversas em todo o Estado, sendo apreendidos 1.208 veículos, 151 carteiras de habilitação e 2.081 documentos de veículos por irregularidades. Quanto às questões de controle de alcoolemia, foram registrados 135 casos de embriaguez.
Reforço nos recursos operacionais e fiscalização mais rigorosa
Várias medidas foram realizadas pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Polícia Rodoviária Estadual, Dersa e concessionárias para manter as estradas seguras no feriado prolongado. O esforço mútuo foi primordial para o sucesso da Operação, que contou ainda com o apoio de outros órgãos da Polícia Militar, incluindo as unidades responsáveis pelo policiamento urbano às margens das rodovias, as unidades do policiamento de choque e o Grupamento de Radio Patrulha Aérea da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
Sobre a Operação Natal 2011
A Operação Natal 2011 da Secretaria Estadual de Logística e Transportes de São Paulo foi realizada de 23 a 25 de dezembro e fizeram parte as rodovias SP-055 (Rodovia Manoel Hyppólito do Rego e Rodovia Padre Manoel da Nóbrega), SP-098 (Rodovia Dom Paulo Rolim Loureiro), SP-099 (Rodovia dos Tamoios) e SP-125 (Rodovia Oswaldo Cruz). Já as vias que ligam o interior do Estado e Região Serrana de Campos do Jordão são: SP-123 (Rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro) e SP-270 (Rodovia Raposo Tavares).
Sobre os Índices de Acidentes
Os primeiros estudos para uma metodologia que pudesse efetivamente comparar os resultados de acidentes, baseando-se em quilômetros rodados, veículos em trânsito e acidentes, começaram em 1940 nos Estados Unidos e Europa. Em 1956, os estados americanos de Dakota do Sul, Virgínia e Texas começaram a usar esse tipo de índice. Internacionalmente, o índice é conhecido como “Accident rate method”. Além dos Estados Unidos, outros países como Áustria, Dinamarca, França e Alemanha adotam índices semelhantes. No Brasil, a metodologia começou a ser discutida em 1974. Desde 2005, o Departamento de Estrada e Rodagem vem aprimorando o índice, inclusive com a ampliação e melhoramento dos equipamentos de contagem de veículos, possibilitando a divulgação precisa nos últimos anos.
Fonte: http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/lenoticia.php?id=217230
Começa “Operação fim de ano” da Polícia Rodoviária Federal
Mais de 9.200 agentes vão intensificar fiscalização até o dia 2 de janeiro com o objetivo de prevenir acidentes e combater infrações de trânsito.
A fiscalização da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nos 68 mil quilômetros de rodovias federais do país está mais rigorosa a partir desta sexta-feira (16). A operação fim de ano contará com a atuação de 9.200 agentes se revezando em escalas até o dia 2 de janeiro.
Excesso de velocidade, ultrapassagens em locais proibidos e embriaguez ao volante serão o foco de combate da PRF. A fiscalização com bafômetros, radares e viaturas posicionadas em pontos estratégicos serão intensificadas em todo o país.
A recomendação é que os motoristas façam as manutenções necessárias nos veículos antes de viajar e que, durante o percurso, fiquem atentos principalmente nas pistas simples, devido às ultrapassagens, e também à alta velocidade nas pistas duplas.
Confira algumas dicas da Polícia:
Viagem de carro:
Revisão preventiva – Providenciar a checagem do automóvel mesmo para pequenas viagens. Faróis conferidos para ver e ser visto; pneus calibrados e em bom estado; motor revisado, com óleo e nível da água do radiador checados. Não se esquecer de verificar a presença e estado dos equipamentos de porte obrigatório, principalmente pneu estepe, macaco, triângulo e chave de roda, além dos limpadores de pára-brisa e luzes do veículo;
Pausas para descanso – O condutor deve programar paradas, pelo menos, a cada três horas. Quem se expõe a muitas horas dirigindo fica sujeito ao fenômeno da “hipnose rodoviária”, na qual se mantém com os olhos abertos, mas sem percepção da realidade à volta. Ela vem acompanhada de sonolência, perda de reflexos e de força motora.
Viagem de ônibus
Embarcar somente em terminais rodoviários homologados, evitando incentivar o transporte clandestino, que não oferece segurança nem garantias em caso de acidentes;
Em caso de assalto, nunca reagir. É importante lembrar que os criminosos agem rapidamente e sob pressão, podendo confundir gestos e movimentos bruscos.
Aerton Guimarães
Agência CNT de Notícias
Fonte: http://www.cnt.org.br/paginas/Agencia_Noticia.aspx?n=7976
Notícias Recentes
- Balanças reativadas na BR-040 fiscalizaram mais de 1,3 milhão de veículos em 2016
- Brasil será castigado se não investir mais em logística e transporte, adverte Renan
- Senado aprova MP que libera verba ao BNDES e refinancia caminhoneiros
- Paraná e Rio de Janeiro aderem a isenção de pedágio para eixos suspensos
- Governo corta 40% do orçamento do Ministério dos Transportes