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CNT vê alta de 3,8% do diesel na bomba; aumento de 1,25% no frete.

08 março 2013   //   Por SEQTRA   //   Notícias  //  Comentários desativados

A Confederação Nacional do Transporte (CNT) estimou que o reajuste do diesel nas refinarias resultará em um aumento de quase 4 por cento no preço do combustível na bomba e em uma alta de 1,25 por cento no custo do frete de cargas transportadas por caminhões no Brasil.

A estimativa foi feita em nota publicada no site da confederação, após a Petrobras ter anunciado na terça-feira uma alta de 5 por cento no preço do diesel, o segundo aumento do combustível neste ano.

Cerca de 60 por cento do transporte de cargas no Brasil é feito por caminhões. O diesel é o combustível mais utilizado no Brasil.

De acordo com estimativas da CNT, o valor do litro do diesel para o consumidor final deve aumentar aproximadamente 3,8 por cento. A alta da refinaria é diluída, entre outros motivos, em função de haver uma mistura de 5 por cento de biodiesel no combustível. Além disso, existem as margens dos postos, das distribuidoras, que também interferem no valor vendido na bomba.

A entidade disse ainda que, com o repasse do preço, os valores médios do diesel no país subiriam para 2,33 reais por litro (comum) e 2,40 (S-10) reais por litro, respectivamente. A avaliação tem como base o último levantamento de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Os gastos com combustíveis representam cerca de 35 por cento do custo total das empresas de transporte de carga rodoviária e 25 por cento do das empresas de transporte de passageiros rodoviários, acrescentou a entidade.

A confederação também alertou sobre a possibilidade de pressão sobre a inflação, “uma vez que o aumento no preço dos combustíveis leva a um aumento no preço do frete que, consequentemente, pode ser repassado aos produtos transportados”. Analistas, no entanto, veem pequena pressão de alta no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

O reajuste do diesel, que passou a vigorar nesta quarta-feira nas refinarias, foi o segundo do ano, quando a alta foi de 5,4 por cento.

A alta anterior, de janeiro, gerou um incremento médio de 4,31 por cento por litro para o consumidor final, o que resultou em impacto de cerca de 1,5 por cento no custo do frete, segundo a CNT.

Em 2012, a Petrobras realizou dois outros ajustes nas refinarias de 6 e 3,94 por cento, respectivamente.

Para o presidente da seção de Transporte de Cargas da CNT, Flávio Benatti, esses aumentos repentinos são sempre preocupantes.

“Em pouco mais de um mês tivemos um aumento de quase 10 por cento no óleo diesel, um insumo muito importante na cadeia. Vai haver um repasse (no valor do frete), não tem jeito”, disse.

Com os reajustes, a Petrobras busca alinhamento aos valores praticados no mercado internacional e reduzir os prejuízos verificados em sua divisão de Abastecimento.

(Por Roberto Samora)

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/geral,cnt-ve-alta-de-38-do-diesel-na-bomba-aumento-de-125-no-frete,1005188,0.htm

Gasolina sobe 6,6% nas refinarias hoje

30 janeiro 2013   //   Por SEQTRA   //   Notícias  //  Comentários desativados

Diesel fica 5,4% mais caro; alta da gasolina é a primeira que deverá ser sentida pelo consumidor desde 2005. 

Reajuste deve chegar a 4% na bomba, estima consultoria, mas não compensa toda a defasagem com preços internacionais. 

Prestes a divulgar uma queda de lucro e de produção em 2012 e após meses de pressão de sua diretoria e de investidores, a Petrobras anunciou ontem um reajuste na gasolina e no diesel, que deve injetar R$ 600 milhões mensais no caixa da companhia e aliviar as perdas com a diferença dos preços nos mercados externo e interno.

Em negociação com o governo desde o ano passado, o reajuste de 6,6% da gasolina nas refinarias da Petrobras será o primeiro com impacto ao consumidor desde 2005 -desde então o governo abria mão da arrecadação da Cide (tributo federal dos combustíveis) para anular a alta nos postos.

Esse tributo foi zerado no ano passado, logo não pode mais compensar reajustes.

O diesel sofreu aumento menor: de 5,4%, também nas unidades da estatal. Os novos preços já vigoram desde a 0h de hoje.

Como a gasolina recebe uma adição de 20% de álcool (produto com preço menor) antes de ser vendida nos postos, o reajuste não deve chegar na mesma proporção aos consumidores. A consultoria CBIE estima alta de 4% dos preços nas bombas.

Para o presidente do Sincopetro (sindicato dos donos de postos de combustível da cidade de São Paulo), José Alberto Gouveia, o aumento dos preços ao consumidor será “muito próximo” do percentual de reajuste na refinaria.

O Sindicom (sindicato nacional das distribuidoras de combustíveis) também diz que haverá repasse.

Segundo a Petrobras, “o reajuste foi definido levando em consideração a política de preços da companhia, que busca alinhar o preço dos derivados aos valores praticados no mercado internacional em uma perspectiva de médio e longo prazo”.

O CBIE, porém, estima que ainda haja defasagem em relação aos preços internacionais. Antes do reajuste, a gasolina tinha uma diferença de 15%, e o diesel, de 24%.

Adriano Pires, sócio da consultoria, diz que o aumento veio para dar uma “boa notícia ao mercado”, pois o lucro deve cair 15%, e a produção 3%, em 2012. O balanço sai na próxima semana.

Desde 2012, a Petrobras amarga fracos resultados e sua presidente Graça Foster negociava intensamente com o governo o reajuste.

Para Pires, o aumento só foi possível agora porque houve queda do preço da energia elétrica, que trará alívio à inflação e compensará o aumento da gasolina.

“O governo sangrou a Eletrobras [que vai receber menos pela energia gerada] para salvar a Petrobras.”

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/91266-gasolina-sobe-66-nas-refinarias-hoje.shtml

Combustível pode ficar até 15% mais caro

21 novembro 2012   //   Por SEQTRA   //   Notícias  //  Comentários desativados

Petrobras quer aumento de gasolina e diesel em 2013 para conseguir manter investimento e obras em andamento.

Ao contrário do reajuste anterior, de junho, nova alta terá que ser passada ao consumidor, com impacto na inflação.

Correndo o risco de interromper investimentos e obras, executivos da Petrobras já falam da necessidade de dois aumentos para a gasolina e o diesel no ano que vem, segundo assessores da presidente Dilma Rousseff.

Nos planos da estatal, a dúvida seria se o aumento viria em fevereiro e de uma vez só -de cerca de 12% a 15%- ou seria seria dividido em dois, um em fevereiro e outro em agosto, de 5% a 6%.

A possibilidade de haver um aumento no ano que vem e outro em 2014 é descartada por conta das eleições.

Futuros reajustes serão necessariamente repassados aos consumidores com impacto sobre a inflação, uma vez que a Cide, contribuição paga pelo setor, já foi zerada para evitar repasses de aumentos anteriores.

O mais recente aumento da gasolina aconteceu em junho, de 7,83%. O preço do diesel sofreu ajuste de 3,94%. O reajuste da gasolina não foi repassado ao consumidor.

INVESTIMENTO

Os preços dos combustíveis estão defasados em cerca de 25% em relação ao mercado internacional, segundo analistas, o que, aliado à queda de produção da companhia, compromete os elevados investimentos, dizem fontes ouvidas pela Folha.

Nos bastidores, fala-se até na hipótese de a empresa ser rebaixada pelas agências de classificação de risco caso o aumento não se concretize.

Com previsão de investir US$ 236,5 bilhões até 2016, além de deter 30% de todos os blocos do pré-sal que serão licitados no ano que vem, a companhia terá que se endividar muito para dar conta de tantos compromissos.

Para evitar eventual queda pelas agência de “rating”, a estatal terá que cortar investimentos em projetos que não começaram ou que estão no início, como as refinarias do Nordeste, o que contraria os planos do governo. Um corte na nota pode elevar os custos de captar dinheiro.

A presidente Graça Foster colocou, em junho, 147 projetos em avaliação, no valor de US$ 27,8 bilhões, sendo metade da área de refino.

PERIGO

Um dado concreto preocupa a cúpula da Petrobras: a relação entre endividamento líquido da estatal sobre o Ebtida (indicador que mede a capacidade de geração de caixa) está perto do quociente 2,5- patamar considerado confortável, mas limite. Se essa razão chegar a 3, a luz de perigo começará a piscar.

Neste ano, a companhia captou US$ 18 bilhões e continua abaixo da meta máxima de alavancagem (relação entre rentabilidade e endividamento), de 35%.

Segundo o balanço do terceiro trimestre, a alavancagem em setembro era de 29%.

Segundo executivos ouvidos pela Folha, na hipótese do reajuste zero, a companhia não chegaria a perder seu “grau de investimento global”, pois nenhum investidor duvidaria da capacidade de uma instituição desse porte deixar de honrar seus compromissos.

Procurada, a assessoria de imprensa da estatal disse que não comentaria o assunto.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/79149-combustivel-pode-ficar-ate-15-mais-caro.shtml